Colunas
 
Mãos abertas
Por: DOM ALOÍSIO ROQUE OPPERMANN
SCJ ARCEBISPO DE UBERABA, MG
 
Leia os outros artigos
 

O povo descreve, com simplicidade e sabedoria, o fechamento de coração de um sovina. Chama-o de “munheca de samambaia”. Tal personagem sempre está aberto para recolher e aumentar o seu patrimônio. Mas para socorrer os outros, finge-se de morto. São Paulo garante: “nem ladrões, nem avarentos herdarão o reino de Deus” (1 Cor 6, 10).

Mesmo no mundo civil muita gente descobriu que a generosidade, com boas causas, compensa. Ajudando entidades - essas que fazem bom uso das doações -  o possuidor de fortunas chama mais dinheiro.

Entregando parcelas de seus bens, o milionário não empobrece. Faz doações às Fundações e Entidades Assistenciais, sabendo  que criará ambiente para novas aquisições. Jesus louvou toda e qualquer boa obra que se faça ao semelhante. Garantiu: “foi a mim que o fizestes” (Mt 25, 40).

Não é para garantir aumento dos bens que vou apresentar o pedido, a seguir. É para mostrar que essa ajuda solicitada, não vai fazer falta a ninguém, nem colocará qualquer pessoa na lista dos empobrecidos.

O que faz entrar na linha da pobreza são as constantes mudanças nas regras da Caderneta de Poupança e das Aplicações; as complicações nos empréstimos tomados; as inúteis apostas da loteria;  as compras mal feitas ou inúteis; o desperdício de 50% dos bens perecíveis; o esquecimento de luzes acesas; a má administração. Isso sim, puxa para baixo.

Mas a ajuda para as boas causas da Igreja jamais empobrece alguém. Neste terceiro domingo do advento, no dia 16 de dezembro, os católicos são convocados a contribuir, financeiramente, na Coleta da Evangelização. Você, sabendo que os valores recolhidos servirão para custear os inúmeros gastos do funcionamento das Paróquias, terá o coração aberto e uma mente generosa.

A coleta para ajudar as obras sociais, é bom lembrar, se faz em outro tempo: na quaresma. Mas essa de dezembro, volta-se exclusivamente para os gastos pastorais das Paróquias e Dioceses. Queremos, progressivamente, deixar de solicitar ajuda aos católicos alemães. Estes já nos ajudaram por mais de 50 anos.  Pagaram muitos dos nossos salões paroquiais e dos nossos veículos. Agora o caro leitor vai consultar o seu coração.  Olhe para Deus, que foi mais generoso do que ninguém: deu-nos o seu próprio Filho. E você poderá negar uma boa ajuda para a Igreja?



 
 
xm732