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Sabedoria para governar!
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.
 
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A liturgia do vigésimo oitavo domingo do Tempo Comum nos apresenta, em primeiro lugar, o livro da Sabedoria, com o pedido do Rei Salomão a Deus, da mais importante virtude humana: a SABEDORIA. O jovem Rei, no fulgor da sua juventude, pede a Deus e Deus lhe concede a sabedoria para ser um governante justo para com o seu povo. E Deus, além da sabedoria, lhe dá poder, riqueza, prestígio e vida longa junto aos seus súditos e a sua corte.

Salomão foi um governante muito sábio e estimado por seu povo e pela sua corte porque jamais usou de sua "potestas" para oprimir ou para mandar pura ou simplesmente. Governou e regeu o seu povo na humildade e foi um dirigente que teve COMPAIXÃO de seus súditos.

Ao governar ou ao dirigir quem governa deve se colocar no lugar de quem é governado. O governante não deve ter atitudes autoritárias e nem destruir os que o precederam no cargo de governo fizeram. Todo ato de governo deve ser um ato de continuidade e de colegialidade.

Por isso mesmo Jesus nos ensina a SOLIDARIEDADE na missa deste domingo nos exortando ao DESAPEGO. Deixar pai, mãe, irmãos, bens e com PERSEGUIÇÕES, segui-Lo para anunciar a PALAVRA DA SALVAÇÃO.

Para ganhar a vida eterna nós devemos seguir os mandamentos anunciados por Cristo ao jovem rico:"Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!"

Mais do que segui-los nós devemos vivê-los. e viver os mandamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, em primeiro lugar, cabe a nós bispos, que na atividade de governo da Igreja Particular, não podemos e não devemos extrapolar nosso ofício de Bispo para como ensina o Evangelho deste domingo: "não prejudicarás ninguém!".

Quantos se afastam da prática eclesiológica pelo escândalo causado pelos governantes, incluído homens consagrados, que pregam a sabedoria e a compaixão, e não a vivem dentro da própria Igreja. Por isso, no ano da fé, é tempo de conversão, de penitência e de conversão, para sermos mais credíveis, a exemplo de Salomão, pedindo mais sabedoria e menos poder para oprimir!

 
 
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