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Um mundo mais justo e menos violento
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.
 
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Todos nós sonhamos e queremos um mundo menos violento e mais justo. Contudo, não podemos ficar apenas nos sonhos ou nos desejos. Alguma coisa que estiver em nosso alcance, não  podemos e nem devemos nos omitir. Se cada um colocar a sua contribuição, naquilo que lhe for possível, na sua caminhada por esta vida, juntando algumas pedrinhas encontradas no caminho, poderemos construir alguma coisa e também salvar, na e com a força e luz do  Cristo Ressuscitado, o que ainda jaz nas trevas.

Não estaremos sozinhos. Ingressaremos no grupo daqueles que buscam este mundo melhor, mais justo, mais  fraterno,  mais solidário e menos violento.
           
Na maioria das vezes a violência, além das drogas, é causada  ou motivada, incentivada por pessoas que querem o poder, como mando, impedir o outro de progredir, ou até mesmo apagar a luz que ilumina o irmão para a sua sobressair. Isto acontece na nossa sociedade, em todo o mundo,  por toda a parte, no campo civil, político, militar, religioso, na  hierarquia  eclesiástica. É uma violência mais sofisticada, porém perversa como qualquer violência.
           
Busquemos ajuda na própria Bíblia: “A árvore boa dá bons frutos, a  que não é boa, frutos ruins”. Pelo  fruto  se  conhece  a  árvore” (“ Mt.12,17e12,33”) Também o ser humano é conhecido  principalmente pelo seu agir, suas atitudes, suas ações, seus atos e se tudo ou em parte procede de uma pessoa sadia ou doentia. Conforme  as raízes de uma planta, seus frutos também podem ser bons, regulares ou ruins.

Contudo, no ser humano, as ações, os frutos podem ter aparências de bons e  nem sempre prestam. Podem proceder de uma personalidade doentia, como de um psicopata, e nenhum de nós pode ou deve concordar que sejam ações ruins e simplesmente justificar  que se trata de uma árvore doentia, principalmente tendo origem numa pessoa com distúrbios em sua personalidade, como, por exemplo, originária de um psicopata ignorado por nós.

Muitas vezes até se apresenta-nos como uma pessoa de bem, sadia psiquicamente e, aos poucos, vai-se  revelando ser uma pessoa que: manipula muito bem outras pessoas; disfarça-se no diálogo; mantém-se camuflada para levar adiante a sua estratégia de ascensão ao poder  ou obtenção de seus intentos; demonstra ter  ausência de consciência e de medo e por isso é uma pessoa  ardilosa e perversa;  e, não tendo autocrítica, utiliza de todos os  meios pata conquistar o poder e controlar as pessoas;  por isso costuma utilizar e mesmo abusar do "poder" que tem em causa própria; é uma pessoa fria e sem consciência, maléfica; sabe utilizar os disfarceis mais sofisticados para  se apresentar como pessoa honesta, humana. Mente com muita  maestria e tranqüilidade, disfarçando assim  seus instintos maquiavélicos; em muitas ocasiões as pessoas são meros objetos ou simplesmente coisas que devem ser descartadas sempre que necessário para satisfazer o seu  bel-prazer.

Não bastando estas dicas, outras ainda se podem acrescentar: para maior e melhor identificação de uma pessoa psicopata. Na maioria das vezes é superficial, eloqüente, egocêntrico, megalômano. Tem ausência de sentimento de culpa e de empatia. Usa, com  facilidade, mentiras, trapaças, manipulações para justificar seus atos ou  suas ações,  pobres de emoção. Quando perde o controle, não se sabe  exatamente até onde ele quer ir, no sentido de magoar, amedrontar ou machucar a pessoa que está em seu alvo. Há até um dito jocoso: ”Costuma  não ir ao trabalho  mas à caça”. Às vezes demonstra uma insensibilidade tamanha, uma frieza tão grande, que sua conduta criminosa pode atingir perversidades inimagináveis. Torna-se um ser sem “coração mental” e com cérebro gelado.

Parece que fui até exagerado em colocar tanta coisa negativa em cima de uma só pessoa, mas, assim como eu conheci  gente  com estas características tão evidenciadas, você  também, prezado leitor, já deve  ter se encontrado com muitas. O que costuma acontecer é que nos omitimos, silenciamos, quando devemos falar. Como as conseqüências de uma pessoa, como acima foi descrita, causa tanto e tamanho mal à comunidade, seja ela qual for,  à sociedade, ou mesma a uma só pessoa, resolvi colocar no papel tais considerações. Não deixa de ser uma advertência para que  não se negocie com o mal. Jamais  concorde, seja por pena,  chantagem ou por qualquer outro motivo, em ajudar uma pessoa assim a ocultar o seu verdadeiro caráter. A luta contra uma  pessoa desse tipo é  uma luta mais humana do que imaginamos. É a luta  pelo que há de mais humano em cada um de nós.

Para  terminar, apenas recordo: "É mais fácil falarmos em ajuda e tratamento para  as vítimas de uma pessoa com as características  mencionadas do que para ela mesma"

 
 
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