Liturgia Dominical
 
Missa do Crisma – C
 
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"Jesus Cristo fez de nós um reino e sacerdotes para Deus, seu Pai. A ele glória e poder pelos séculos dos séculos. Amém!" (At 1,16)


Meus irmãos e minhas irmãs,

A Missa do Crisma deve ser celebrada, preferencialmente, na Quinta-feira Santa na Igreja Catedral, Sé de toda a Igreja Particular. Por isso, Senhor Bispo Diocesano e os sacerdotes concelebram na Sé Catedral Diocesana.

Constituídos, na última Ceia, “servos do Mistério”, realizam eles a unidade do seu sacerdócio no único grande Sacerdote, Jesus Cristo. Nesta Santa Eucaristia manifesta-se o mistério do sacerdócio de Jesus Cristo, participado pelos ministros constituídos em cada Igreja local, que renovam hoje seu compromisso ao serviço do povo de Deus.

O Bispo Diocesano, cercado pelos outros sacerdotes, abençoa os Santos Óleos, que serão usados nos diversos sacramentos: o óleo do crisma, misturado com perfumes, para significar o dom do Espírito no batismo, na crisma, na ordem; o óleo para os catecúmenos, que será ministrado no Batismo quando o batizado torna-se participante da Igreja e herdeiro da vida futura no céu; e o óleo para os enfermos, sinal da força que liberta do mal e sustenta na provação da doença. Através de uma realidade terrena já transformada pelo trabalho do homem – o óleo – e de um gesto simples e familiar – a unção –, exprime-se a riqueza da nova existência em Cristo, que o Espírito continua a transmitir à Igreja até o fim dos séculos.

Meus irmãos e minhas irmãs,

A Missa do Crisma é o momento propício para que façamos uma reflexão sobre a importância da unidade entre o Presbitério ao redor de Seu Arcebispo Metropolitano. Por isso a antífona da Entrada já canta: “Jesus Cristo fez de nós um reino e sacerdotes para Deus, seu Pai. A ele a glória e poder pelos séculos dos séculos, Amém!” (At 1,16).

A primeira leitura, retirada de Isaías (Is 61,1-3a.6a.8b-9), descreve a missão do profeta como pregador da salvação e do amor de Deus pelo seu povo, agora purificado pelo exílio no Egito. O objeto do seu anúncio é a libertação, através da qual Deus reconduzirá o povo à sua terra, fará com ele um novo pacto e o tornará um povo sacerdotal.

O anúncio da Boa Nova aos pobres é uma das obrigações primeiras de todos os ministros ordenados. O bispo, como pontífice máximo da sua Diocese, é o primeiro a se preocupar com os pequenos e os deserdados da sorte. Os presbíteros, como primeiros colaboradores da ordem episcopal, são também responsáveis em socorrer os pobres, anunciar a justiça e a liberdade que vem de Deus, o Senhor Ressuscitado.

O verdadeiro sacerdote é aquele que se preocupa com as pequenas coisas e com os pequenos do Reino de Deus. A aliança que será celebrada eternamente pela Missa da Ceia do Senhor é a alegria que deve invadir o coração de todos os ordenados no sentido de fazer uma aliança eterna entre o sacerdócio real-ministerial e o sacerdócio batismal, entre o sacerdote-presbítero e o sacerdote-batizado.

O verdadeiro sacerdote é aquele que leva em consideração a Eucaristia diária como o grande momento de seu ministério e de sua ação pastoral. Assim nos ensina o Documento O PRESBÍTERO PASTOR E GUIA DA COMUNIDADE PAROQUIAL: “Sem sacerdotes verdadeiramente santos, seria muito difícil ter um bom laicado e tudo seria como que apagado” (n. 27). E continua o documento: “O sacerdócio ministerial, na medida em que configura ao ser e ao agir sacerdotais de Cristo, introduz uma novidade na vida espiritual de quem recebeu esse dom. É uma vida espiritual conformada por meio da participação do senhorio de Cristo na sua Igreja e que amadurece no serviço ministerial à Igreja: uma santidade no ministério e pelo ministério” (n. 12).

Meus queridos irmãos,

A segunda leitura da Missa do Crisma é retirada do Livro do Apocalipse (Ap 1,5-8). Estamos diante de uma releitura dos textos do Êxodo e Isaías à luz do Evangelho de Nosso Senhor. Jesus, libertando-nos do pecado, faz de todos nós o novo e definitivo povo sacerdotal. O conceito de sacerdócio implica no de consagração, cujo sinal exterior é a unção com o óleo santo. Por isso, a Santa Igreja Católica continua a consagrar os óleos que servirão para assinalar a fronte de seus membros.

Irmãos queridos,

O Evangelho de Lucas (Lc 4,16-21) nos ensina que na nova e eterna aliança tudo tem valor, porque tudo procede do Ungido por excelência: Jesus Cristo. Nele, como ele mesmo declara, realiza-se em plenitude o texto de Is 6,1-2. Jesus demonstra através das obras a sua missão.

A missão de Jesus se prolonga na história pelo Colégio Apostólico. Na missão de cada bispo e de cada presbítero está a missão anunciada por Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos, e para proclamar um ano da graça do Senhor”. Esta missão é cumprida, ou melhor, cumprimento da missão do Antigo Testamento, conforme nos ensina a primeira leitura.

Esta missão de Jesus, dos apóstolos e dos ministros sagrados deve ser renovada, perante a renovação das promessas sacerdotais dos presbíteros para com o seu bispo. Os presbíteros respondem as indagações do Senhor Arcebispo. Eles prometem conformar-se estreitamente ao Senhor Jesus, aos mistérios de Cristo, ao amor de Deus, assumindo com amor a missão da Igreja. Os presbíteros prometem ser fiéis distribuidores dos mistérios de Deus pela missão de ensinar, pela santa eucaristia e demais celebrações litúrgicas, seguindo o Cristo Cabeça e Pastor. Desprendimento dos bens materiais e profunda união com o Bispo Diocesano são apanágios básicos dos presbíteros no seguimento de Jesus Cristo.

Irmãos caríssimos,

Que esta celebração de bênção dos santos óleos anime cada vez mais, na união do presbitério com o seu arcebispo, na comunhão necessária e básica para que se prolongue na história os mistérios da salvação. A Igreja Católica, única Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, nos convida a partir da instituição da Eucaristia e da renovação das promessas ministeriais a lançarmos as redes nas águas mais profundas, procurando a santidade que vem da Eucaristia, para que todos possamos anunciar o Evangelho àqueles que estão indiferentes ao anúncio da Salvação.

Cristo morreu na Cruz pela nossa salvação, portanto, todos devemos morrer pela nova evangelização. Assim seja!

 
 

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